31 de julho de 2009

Cracóvia (IX)

(Continuação da postagem anterior.)

O campo de concentração de Plaszow foi criado em um dos subúrbios de Cracóvia em 1940. No início era apenas um campo de trabalho forçado, mas foi expandido para se tornar um campo de concentração a partir de 1941. Seu diretor, Amon Göth -- retratado no filme "A lista de Schindler" -- era conhecido por ser extremamente sádico com os prisioneiros do campo, usando principalmente chicotadas como punição. Os prisioneiros morriam frequentemente de tifo, fome e execuções sumárias, e o campo se tornou especialmente conhecido pelos frequentes assassinatos individuais e coletivos levados a cabo. Além disso, o campo também é conhecido porque um dos principais torturadores era uma mulher, situação considerada surpreendente. Em janeiro de 1945, os últimos presos e administradores do campo saíram em direção a Auschwitz. Muitos dos presos que sobreviveram à marcha foram mortos ao chegar.

Quando os nazistas souberam que os soviéticos se aproximavam da cidade, eles desmontaram completamente o campo, deixando um espaço vazio no local. Vários corpos foram queimados às pressas, fazendo com que os soviéticos encontrassem um campo vazio em janeiro de 1945.

A área que antes era ocupada pelo campo de concentração agora corresponde a uma área vazia na cidade, com algumas árvores e com um grande memorial marcando o local, além de uma pequena placa marcando o início do campo.

Foto da época: campo de concentração de Plaszow

Placa na entrada do campo de concentração de Plaszow

Monumento em homenagem aos mortos no campo de concentração de Plaszow

(Fim da série sobre Cracóvia. Próxima série: campo de extermínio de Auschwitz.)

29 de julho de 2009

Cracóvia (VIII)

(Continuação da postagem anterior.)

A partir de maio de 1942, os nazistas começaram com deportações sistemáticas dos judeus para campos de concentração. Os judeus eram reunidos na Praça Zgody e lá se dava a escolha daqueles que permaneceriam no gueto e os que seriam enviados aos campos.

Praça Zgody, local de seleção dos judeus

As cadeiras simbolizam a "seleção" realizada pelos nazistas...

... seleção esta, obviamente, aleatória...

... já que bastava ser judeu para ser "escolhido" para ir para um campo de concentração -- ou de extermínio, como o de Auschwitz

Afirma-se que esta era a única saída de água potável em todo o Gueto

Câmara na qual eram feitas "inspeções" a respeito da saúde física dos judeus presos no Gueto

Interior da câmara na qual eram feitas "inspeções" a respeito da saúde física dos judeus presos no Gueto

Interior da câmara na qual eram feitas "inspeções" a respeito da saúde física dos judeus presos no Gueto

Em março de 1943 se deu a liquidação final do Gueto: 8 mil judeus considerados aptos ao trabalho foram enviados para o campo de concentração de Plaszow, e cerca de 2 mil considerados inaptos foram assassinados nas ruas do gueto. Os que permaneceram vivos foram posteriormente enviados para Auschwitz.

Explicação da situação do Gueto e de seu fim

Farmácia a partir da qual eram contrabandeados para dentro do Gueto todos os tipos de produtos

(Continua na próxima postagem.)

26 de julho de 2009

Cracóvia (VII)

(Continuação da postagem anterior.)

Como todos os guetos nazistas, o de Cracóvia era circundado por muros. O formato do muro lembrava o de tumbas -- destino final esperado pelos nazistas para os judeus. As janelas que davam para o lado "ariano" da cidade tinham suas janelas cobertas. Havia apenas 4 portões de controle que permitiam o contato do gueto com o restante da cidade.

Autorizações para os judeus entrarem ou saírem do Gueto...

... e autorizações para os arianos

Vagão de trem exclusivo para judeus -- e isto não era um tratamento vip

Verificação dos documentos dos judeus

Verificação dos documentos dos judeus

Verificação dos documentos dos judeus

Rua proibida para os judeus

Imagem do muro do Gueto hoje

Imagem do muro do Gueto hoje

Imagem do muro do Gueto hoje

Placa em homenagem aos judeus aprisionados no Gueto

Placa em homenagem aos judeus aprisionados no Gueto

(Continua na próxima postagem.)

23 de julho de 2009

Cracóvia (VI)

(Continuação da postagem anterior.)

Em maio de 1940, o Governo Geral nazista decidiu que Cracóvia seria a cidade mais "limpa" da região. De todos os judeus da cidade, apenas 15 mil tiveram autorização para permanecer na cidade: os demais foram forçados a saírem da cidade, reassentando-se nas áreas rurais.

Judeus fazendo seu serviço típico: limpando a cidade

Um dos postos de controle do Gueto de Cracóvia

O Gueto de Cracóvia se estabeleceu oficialmente em 3 de março de 1941. Os 15 mil judeus presentes na cidade foram espremidos em uma área na qual antes habitavam 3 mil pessoas. A área do Gueto era composta por 30 ruas, 320 edifícios e 3.167 quartos. Assim, em média cada apartamento era usado por 4 famílias judias, e os que não conseguiam viviam nas ruas.

Mapa ilustrativo dos limites do Gueto

Construção do muro do Gueto de Cracóvia

Parte do muro do Gueto de Cracóvia

(Continua na próxima postagem.)

21 de julho de 2009

Cracóvia (V)

(Continuação da postagem anterior.)

Deixando de lado o aspecto turístico da cidade, é necessário destacar sua importância durante a Segunda Guerra Mundial. Dois elementos são fundamentais nesse processo: o Gueto de Cracóvia -- representado no filme "A lista de Schindler", conforme já mencionado -- e o campo de concentração de Plaszow.

Após a invasão da Polônia pelos nazistas em setembro de 1939, as forças nazistas transformaram a cidade na capital do Governo Geral. Na operação chamada de "Sonderaktion Krakau", mais de 180 professores e acadêmicos foram presos e enviados para os campos de concentração de Dachau e de Sachsenhausen. A população judaica foi inicialmente confinada ao Gueto de Cracóvia, e posteriormente assassinada ou enviada para o campo de concentração de Plaszow (na própria cidade) ou para o campo de extermínio de Auschwitz.

O Gueto de Cracóvia foi um dos cinco principais guetos nazistas na Polônia. Foi um dos primeiros a criar a separação entre trabalhadores "aptos" e "inaptos", ou seja, entre aqueles que seriam utilizados nos trabalhos forçados e aqueles que simplesmente seriam mortos. Estima-se que antes da invasão da Polônia havia por volta de 80 mil judeus morando na cidade, e a partir de novembro de 1939 todos os judeus maiores de 12 anos eram obrigados a usar uma braçadeira, identificando-os como judeus.

A braçadeira usada pelos judeus em toda a Polônia durante a invasão nazista

O "carinho" com o qual eram tratados os judeus

(Continua na próxima postagem.)

18 de julho de 2009

Cracóvia (IV)

(Continuação da postagem anterior.)

A mina tem 327 metros de profundidade e suas rotas somam mais de 300 km. A parte turística abrange apenas 3,5 km, mas já é possível ter uma noção do que se encontrar lá dentro. Tudo é feito de sal, desde as esculturas até os candelabros.

Lago no interior da mina de sal

Câmara dentro da mina de sal, usada para a realização de casamentos e festividades

O mesmo local, visto de outra forma

Atinge-se o início da parte turística após descer uma escada com aproximadamente 400 degraus, e todo o trajeto é feito a pé dentro da mina.

Escultura de "A última ceia" no sal

Tudo esculpido no sal

O chão, o candelabro, as paredes, tudo de sal

Maior profundidade do passeio turístico: 135 metros abaixo da terra

(Continua na próxima postagem.)

15 de julho de 2009

Cracóvia (III)

(Continuação da postagem anterior.)

Homenagem a João Paulo II, arcebispo de Cracóvia antes de ser papa

Uma das torres do antigo muro da cidade

Cruz em lembrança ao massacre de Katyn

O massacre de Katyn foi uma execução em massa de cidadãos da Polônia ordenada por autoridades da União Soviética em 1940. Estima-se que o número de pessoas executadas seja de quinze a pouco menos de 22 mil.

Prisioneiros de guerra polacos foram assassinados numa floresta nos arredores da vila de Katyn, em prisões e em diversos outros lugares. Cerca de oito mil vítimas eram militares polacos que haviam sido tomados como prisioneiros na invasão soviética da Polônia em 1939, sendo o restante cidadãos polacos presos sob alegações de pertencerem a corpos de serviços de inteligência, espionagem, sabotagem, e também proprietários rurais, advogados, padres etc.

O Castelo Real em Cracóvia

Vista do pátio do Castelo Real

Vista do rio Vístula a partir do Castelo Real

Além das construções históricas, próximo à cidade de Cracóvia situa-se a mina de sal de Wieliczka. A mina, aberta no século XIII, funcionou até o ano de 2007 produzindo sal. Parou-se a produção porque o processo se tornou economicamente inviável. Entretanto, a mina passou a produzir riqueza a partir do turismo devido às verdadeiras construções feitas em seu interior.

Ida para a mina de sal

Escultura e candelabro no interior da mina de sal

Escultura no interior da mina de sal

(Continua na próxima postagem.)

13 de julho de 2009

Cracóvia (II)

(Continuação da postagem anterior.)

Como toda cidade medieval, o centro de Cracóvia é repleto de igrejas e construções com arquitetura tipicamente medieval.

Igreja de São Pedro e São Paulo

Basílica da Santíssima Trindade

Igreja de São Adalberto

Basílica de Santa Maria

Basílica de Santa Maria

Basílica de Santa Maria

Interior da Basílica de Santa Maria

Retábulo gótico de madeira no interior da Basílica de Santa Maria

Interior da Basílica de Santa Maria

(Continua na próxima postagem.)