30 de agosto de 2009

Auschwitz-Birkenau (XII)

(Continuação da postagem anterior.)

O período de maior atividade do campo de Auschwitz-Birkenau foi entre abril e junho de 1944, quando o campo se tornou o centro do massacre dos judeus húngaros. A Hungria era uma aliada da Alemanha durante a guerra, mas resistiu e não enviou seus judeus para a Alemanha até que os nazistas enviaram tropas para ocupar a Hungria em março de 1944. Em 56 dias, estima-se que 436.000 judeus húngaros foram deportados para Auschwitz e mortos.

O resultado do campo de extermínio de Auschwitz I e Auschwitz II (Birkenau). A foto fala por si

O resultado do campo de extermínio de Auschwitz I e Auschwitz II (Birkenau). A foto fala por si

O resultado do campo de extermínio de Auschwitz I e Auschwitz II (Birkenau). A foto fala por si

"Nosso objetivo é uma 'limpeza completa' dos judeus dos países da Europa oriental."

Em um dos muitos testes até se chegar ao gás "perfeito" -- Zyklon B --, os nazistas tentaram de tudo -- inclusive matar os prisioneiros com o gás carbônico emitido por um caminhão a diesel. Desistiram da ideia por ser demorado e caro

Fuzilamento sumário de crianças

Assassinados pela fome e pelo trabalho forçado

O resultado do campo de extermínio de Auschwitz I e Auschwitz II (Birkenau). A foto fala por si

Sobreviventes do campo de extermínio de Birkenau

O resultado do campo de extermínio de Auschwitz I e Auschwitz II (Birkenau). A foto fala por si

Seis milhões de judeus mortos -- este foi um dos resultados finais do nazismo

Tomara que o raio de luz que se põe atrás de um lugar cujas lembranças são tão negativas possa fazer com que jamais tais atrocidades sejam cometidas novamente em nosso planeta

(Fim da série sobre Auschwitz-Birkenau. Próxima série: considerações finais sobre o nazismo e sobre o Holocausto.)

28 de agosto de 2009

Auschwitz-Birkenau (XI)

(Continuação da postagem anterior.)

Um dos crematórios de Birkenau. Ao perceberem a aproximação dos soviéticos, os nazistas explodiram todos os crematórios, tentando encobrir os crimes cometidos no campo de extermínio

Outro crematório explodido pelos nazistas quando da aproximação dos soviéticos, em janeiro de 1945

Mais ruínas de um crematório

Ruínas tentando encobrir o que não pode ser encoberto

Exemplo de carrinho de mão por meio do qual os "funcionários" de Birkenau carregavam os corpos -- cremados ou não

Entrada de Birkenau ao fundo com as chaminés dos galpões em primeiro plano

Linha férrea dentro de Birkenau mostrando claramente, à esquerda, o local em que os "aptos" eram separados dos "inaptos" (cerca de 75% dos recém-chegados ao campo, que continuavam na linha férrea até o seu fim -- a câmara de gás e o crematório)

Linha férrea dentro de Birkenau, com a entrada do campo ao fundo

... Ainda mais distante do portão de entrada...

... Quase chegando ao lado dos dois principais crematórios do campo

Fim da linha. Aqueles que chegavam até aqui eram diretamente enviados para as câmaras de gás e, posteriormente, para os crematórios (um de cada lado)

Memorial dentro do campo de Birkenau em homenagem às vítimas do nazismo

Memorial dentro do campo de Birkenau em homenagem às vítimas do nazismo

Memorial dentro do campo de Birkenau em homenagem às vítimas do nazismo

Os que eram considerados aptos para o trabalho eram usados como escravos em todas as indústrias que forneciam os produtos para os campos, tais como IG Farben e Krupp. No complexo de Auschwitz, 405.000 prisioneiros foram registrados como escravos entre 1940 e 1945; destes, certa de 340.000 morreram devido a execuções, surras, fome e doenças.

(Continua na próxima postagem.)

26 de agosto de 2009

Auschwitz-Birkenau (X)

(Continuação da postagem anterior.)

A foto acima mostra a superpopulação de um dos galpões, bem como a situação dos mesmos após a liberação do campo

Uma vez selada a entrada, descarregava-se o agente tóxico Zyklon B pelas aberturas no teto. As câmaras de gás nos crematórios IV e V tinham instalações na superfície e o Zyklon B se introduzia por janelas especiais nas paredes. Os corpos eram levados por prisioneiros selecionados para trabalhar na operação das câmaras de gás e fornos crematórios a uma sala de fornos anexa, para cremação. Antes, porém, estes mesmos "funcionários" eram obrigados a remover todo o ouro que as vítimas pudessem ter em seus dentes. Mais de 20.000 pessoas podiam ser asfixiadas e cremadas por dia.. Mesmo assim, se a capacidade dos fornos não fosse suficiente, os corpos eram queimados em fogueiras ao ar livre.

A placa acima fala sobre a localização do crematório II

Foto do crematório II

A placa acima se refere a três fotos (abaixo) que foram tiradas em Auschwitz-Birkenau e que foram clandestinamente enviadas para fora do campo

A foto acima mostra os trabalhadores do campo de extermínio queimando corpos ao ar livre devido à superlotação dos crematórios

Outra foto que mostra os trabalhadores do campo de extermínio queimando corpos ao ar livre devido à superlotação dos crematórios

A foto acima mostra o desespero de mulheres que, ao verem os horrores do campo, tentavam a todo custo fugir -- sem êxito

A placa acima descreve brevemente o crematório V

A foto acima é do crematório V

Foto do crematório II

A placa acima fala do fato de que os judeus tinham de esperar sua vez para serem queimados

Foto de judeus aguardando sua vez de serem enviados para as câmaras de gás e, posteriormente, para o crematório

Foto de judeus aguardando sua vez de serem enviados para as câmaras de gás e, posteriormente, para o crematório

Foto de judeus recém-chegados ao campo, aguardando sua vez de serem enviados para as câmaras de gás e, posteriormente, para o crematório

Foto de judeus aguardando sua vez de serem enviados para as câmaras de gás e, posteriormente, para o crematório

(Continua na próxima postagem.)

24 de agosto de 2009

Auschwitz-Birkenau (IX)

(Continuação da postagem anterior.)

Cercas eletrificadas em todo o perímetro do campo

Além das cercas, torres vigiavam o campo. Notem as chaminés ao fundo: cada uma dela correspondia a um galpão (ver abaixo)

Inúmeros galpões existiam dentro do perímetro do campo, permitindo a existência de um máximo de 100.000 prisioneiros ao mesmo tempo no campo

Cercas eletrificadas em todo o perímetro do campo

Cercas eletrificadas em todo o perímetro do campo

A área demarcada no chão correspondia a um galpão anteriormente existente no local

Exemplos de galpões existentes à época de funcionamento do campo

Exemplo de galpões existentes à época de funcionamento do campo

Interior de um dos galpões. Este era o "galpão-banheiro". Em primeiro plano, vê-se à direita uma área demarcada no chão: era o local no qual era dado banho nos prisioneiros (ficavam em pé e jogava-se água fria com uma mangueira, independentemente da época do ano). Ao fundo vê-se as latrinas (ver abaixo)

As latrinas ficavam dentro dos galpões. Os prisioneiros tinham horário específico no dia para usá-las, e em média eles tinham o direito de ficar de 10 a 15 minutos no máximo. Caso o prisioneiro fizesse suas necessidades em outro horário e/ou em outro local, seria punido. Não havia a mínima privacidade: além do contato direto com outros prisioneiros, os guardas ficavam apressando os prisioneiros enquanto estes utilizavam a latrina

Exemplo de "galpão-dormitório". Originalmente eram estábulos construídos com o objetivo de acomodar 52 cavalos. Com o inchaço do campo, tais galpões passaram a ser utilizados como dormitório pelos prisioneiros. Chegou-se a colocar 600 prisioneiros ao mesmo tempo em um único galpão

Aqueles que eram selecionados para exterminação eram enviados a um dos grandes complexos de câmara de gás/crematório nos extremos do campo. Dois dos crematórios tinham instalações subterrâneas, uma sala para despir e uma câmara de gás com capacidade para milhares de pessoas. Para evitar o pânico, informava-se às vítimas que receberiam ali uma ducha e um tratamento desinfetante. A câmara de gás tinha inclusive tubulações para duchas, embora nunca tenham sido conectadas à rede de água. Ordenava-se às vítimas que se despissem e deixassem seus pertences no vestiário, onde supostamente poderiam recuperá-las ao final do "tratamento", recomendando-se que recordassem o número da localização de seus pertences. Avisava-se às vítimas que seus pertences seriam enviados para o "Canadá" -- termo então usado na Polônia para identificar algo valioso.

(Continua na próxima postagem.)