24 de agosto de 2009

Auschwitz-Birkenau (IX)

(Continuação da postagem anterior.)

Cercas eletrificadas em todo o perímetro do campo

Além das cercas, torres vigiavam o campo. Notem as chaminés ao fundo: cada uma dela correspondia a um galpão (ver abaixo)

Inúmeros galpões existiam dentro do perímetro do campo, permitindo a existência de um máximo de 100.000 prisioneiros ao mesmo tempo no campo

Cercas eletrificadas em todo o perímetro do campo

Cercas eletrificadas em todo o perímetro do campo

A área demarcada no chão correspondia a um galpão anteriormente existente no local

Exemplos de galpões existentes à época de funcionamento do campo

Exemplo de galpões existentes à época de funcionamento do campo

Interior de um dos galpões. Este era o "galpão-banheiro". Em primeiro plano, vê-se à direita uma área demarcada no chão: era o local no qual era dado banho nos prisioneiros (ficavam em pé e jogava-se água fria com uma mangueira, independentemente da época do ano). Ao fundo vê-se as latrinas (ver abaixo)

As latrinas ficavam dentro dos galpões. Os prisioneiros tinham horário específico no dia para usá-las, e em média eles tinham o direito de ficar de 10 a 15 minutos no máximo. Caso o prisioneiro fizesse suas necessidades em outro horário e/ou em outro local, seria punido. Não havia a mínima privacidade: além do contato direto com outros prisioneiros, os guardas ficavam apressando os prisioneiros enquanto estes utilizavam a latrina

Exemplo de "galpão-dormitório". Originalmente eram estábulos construídos com o objetivo de acomodar 52 cavalos. Com o inchaço do campo, tais galpões passaram a ser utilizados como dormitório pelos prisioneiros. Chegou-se a colocar 600 prisioneiros ao mesmo tempo em um único galpão

Aqueles que eram selecionados para exterminação eram enviados a um dos grandes complexos de câmara de gás/crematório nos extremos do campo. Dois dos crematórios tinham instalações subterrâneas, uma sala para despir e uma câmara de gás com capacidade para milhares de pessoas. Para evitar o pânico, informava-se às vítimas que receberiam ali uma ducha e um tratamento desinfetante. A câmara de gás tinha inclusive tubulações para duchas, embora nunca tenham sido conectadas à rede de água. Ordenava-se às vítimas que se despissem e deixassem seus pertences no vestiário, onde supostamente poderiam recuperá-las ao final do "tratamento", recomendando-se que recordassem o número da localização de seus pertences. Avisava-se às vítimas que seus pertences seriam enviados para o "Canadá" -- termo então usado na Polônia para identificar algo valioso.

(Continua na próxima postagem.)

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