30 de junho de 2009

Varsóvia (VII)

(Continuação da postagem anterior.)

Imagens de Varsóvia hoje

Local no qual se situava o Gueto de Varsóvia

Local no qual se situava o Gueto de Varsóvia

Centro Histórico de Varsóvia, completamente destruído durante a Segunda Guerra Mundial

Centro Histórico de Varsóvia, completamente destruído durante a Segunda Guerra Mundial

Centro Histórico de Varsóvia, completamente destruído durante a Segunda Guerra Mundial

Centro Histórico de Varsóvia, completamente destruído durante a Segunda Guerra Mundial

Centro Histórico de Varsóvia, completamente destruído durante a Segunda Guerra Mundial

Uma das principais avenidas de Varsóvia

A mesma avenida por outro ângulo

(Continua na próxima postagem.)

27 de junho de 2009

Varsóvia (VI)

(Continuação da postagem anterior.)

Inicialmente, os poloneses liberaram várias áreas da cidade, mas os soviéticos não avançaram além das fronteiras da cidade até meados de setembro. Dentro da cidade, uma luta intestina entre os alemães e os poloneses continuava. Em 16 de setembro, as forças soviéticas atingiram um ponto que ficava poucas centenas de metros das posições polonesas, além do rio Vístula, mas não avançaram mais durante a Revolta, levando a alegações de que o líder soviético Joseph Stalin queria que a Revolta falhasse para que a ocupação soviética da Polônia fosse inconteste.

Exemplo de costura feita na roupa dos judeus



Apesar do número exato de mortes ser ainda desconhecido, estima-se que aproximadamente 16.000 insurgentes poloneses foram mortos, e aproximadamente 6.000 seriamente feridos. Além disso, entre 150.000 e 200.000 civis morreram, a maioria como consequência dos assassinatos em massa cometidos pelas tropas lutando do lado alemão. As baixas alemãs ficaram acima de 16.000 soldados mortos, com 9.000 feridos. Durante os combates urbanos, por volta de 25% dos edifícios de Varsóvia foram destruídos. Após a rendição das forças polonesas, as tropas alemãs sistematicamente demoliram mais 35% da cidade, pedra por pedra. Juntamente com os estragos causados anteriormente pela invasão da Polônia em 1939 e pela Revolta do Gueto de Varsóvia em 1943, acima de 85% da cidade estava demolida em janeiro de 1945, quando o Exército Vermelho finalmente entrou na cidade.

Rendição de soldado polonês às forças alemãs

Rendição final dos poloneses às forças alemãs

Alemães colocando fogo nos prédios poloneses durante a Revolta

Vista de Varsóvia no momento de sua liberação pelo Exército Vermelho em janeiro de 1945

(Continua na próxima postagem.)

24 de junho de 2009

Varsóvia (V)

(Continuação da postagem anterior.)

A Revolta de Varsóvia

A Revolta de Varsóvia foi uma luta do Exército Nacional Polonês cujo objetivo foi o de liberar a cidade de Varsóvia da ocupação nazista durante a Segunda Guerra Mundial. A Revolta começou em 1 de agosto de 1944, como parte de uma rebelião nacional chamada de "Operação Tempestade". A Revolta estava programada para durar apenas alguns dias, até que o Exército Vermelho chegasse à cidade. Entretanto, o Exército Vermelho parou antes de chegar à cidade, deixando a Resistência polonesa sozinha contra as forças nazistas. Como resultado, a Revolta durou 63 dias, até a rendição polonesa em 2 de outubro do mesmo ano.

Áreas controladas pela Resistência Polonesa durante a Revolta de Varsóvia

Monumento em homenagem àqueles que participaram da Revolta de Varsóvia

Monumento em homenagem àqueles que participaram da Revolta de Varsóvia

Monumento em homenagem àqueles que participaram da Revolta de Varsóvia

A Revolta começou quando a Resistência percebeu que o Exército Vermelho (soviético) se aproximava da cidade. Os principais objetivos dos poloneses eram expulsar os ocupantes alemães da cidade e auxiliar o Exército Vermelho em sua luta contra os alemães e contra os países do Eixo. Os objetivos políticos secundários eram de liberar Varsóvia antes da chegada do Exército Vermelho -- para dar sustentação à soberania polonesa -- e desfazer a divisão da Europa Central em esferas de influência -- que já tinha sido realizada pelos poderes Aliados. Os insurgentes objetivavam reinstalar as autoridades polonesas antes que o Comitê Soviético-Polonês de Liberação Nacional pudesse assumir o controle -- o que levaria à influência soviética nos assuntos internos da Polônia.

Muro do que restou do Gueto de Varsóvia com o símbolo da Revolta de Varsóvia

Gráfico com os movimentos durante a Revolta

Explicação da Revolta de Varsóvia

(Continua na próxima postagem.)

21 de junho de 2009

Varsóvia (IV)

(Continuação da postagem anterior.)

A Revolta do Gueto de Varsóvia

A Revolta do Gueto de Varsóvia foi realizada pela resistência judia que nasceu e cresceu dentro do Gueto de Varsóvia durante a ocupação nazista da cidade. A Revolta surgiu como oposição aos planos nazistas de transportar a população restante do Gueto para o campo de extermínio de Treblinka.

A Revolta foi lançada contra os alemães em 18 de janeiro de 1943. A parte mais significativa da rebelião aconteceu entre 19 de abril e 16 de maio de 1943, e terminou quando a Resistência, pobremente armada e sem suprimentos, foi destruída pelas tropas alemãs. Foi a maior revolta dos judeus durante o Holocausto, ainda que sem resultados práticos.




Quando as primeiras deportações começaram, membros do movimento de resistência judeu se encontraram e decidiram não lutar contra as diretivas da SS, acreditando que os judeus estivessem sendo enviados para campos de trabalho forçado e não para campos de extermínio. Contudo, ao final de 1942 tornou-se conhecida no Gueto a notícia de que os seus habitantes eram deportados não para trabalhar, mas sim como parte do processo de extermínio judeu -- o que levou vários dos remanescentes a lutarem contra o domínio nazista.

Em 8 de maio de 1943, os alemães descobriram o principal local do comando da Resistência. A maioria de seus líderes e dezenas de soldados da Resistência foram assassinados, enquanto outros cometeram suicídio.

A supressão da Revolta aconteceu oficialmente no dia 16 de maio de 1943. Mesmo assim, tiros esporádicos eram ouvidos dentro do Gueto. A última disputa aconteceu em 5 de junho de 1943 entre alemães e um grupo de criminosos não relacionados com a Resistência.

Soldados alemães durante a Revolta do Gueto de Varsóvia

Foto do crematório do campo de concentração de Varsóvia

Aproximadamente 13.000 judeus foram mortos no Gueto durante a Revolta (6.000 deles tendo sido queimados vivos ou tendo morrido da inalação de fumaça). Dos 50.000 habitantes restantes, a maioria foi capturada e enviada para Treblinka.

Após a Revolta, a maioria das casas -- já incineradas -- foram demolidas, e foi estabelecido no lugar do gueto o campo de concentração de Varsóvia. Milhares de pessoas morreram no campo ou foram executadas nas ruínas do gueto. Ao mesmo temp, as SS continuavam literalmente caçando os judeus remanescentes que ainda estavam escondidos nas ruínas.

(Continua na próxima postagem.)

18 de junho de 2009

Varsóvia (III)

(Continuação da postagem anterior.)

O Gueto de Varsovia

O Gueto de Varsóvia foi o maior dos guetos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. O Gueto de Varsóvia foi estabelecido pelo Governo Geral Nazista em 16 de outubro de 1940. Àquela época, a população no Gueto era estimada em 400.000 habitantes, ou mais ou menos 30% da população de Varsóvia -- sendo que a área do Gueto correspondia a aproximadamente 2,4% da área da cidade. O Gueto era dividido em duas partes: o "Pequeno Gueto", geralmente habitado pelos judeus mais ricos, e o "Grande Gueto", local no qual as condições eram bem mais difíceis. Os dois guetos eram unidos por uma simples passagem pedestre. Finalmente, em 16 de novembro de 1940, os nazistas fecharam o gueto para o mundo, construindo um muro ao seu redor com guardas armados.

Mapa do Gueto de Varsóvia

Imagem do Gueto de Varsóvia em 1945

Durante o próximo ano e meio, milhares de judeus poloneses -- bem como ciganos -- vindos de pequenas cidades e do interior do país foram trazidos para o Gueto, a mesmo tempo em que doenças -- especialmente tifo -- e a fome mantinham o número de habitantes mais ou menos estável. A ração alimentar média em 1941 para os judeus em Varsóvia era limitada a 1184 kcal, comparada com os 1669 kcal para os nobres poloneses e com os 2614 kcal dos alemães.

Localização atual do Gueto de Varsóvia


O desemprego era um dos maiores problemas no Gueto. Pequenas empresas familiares -- ilegais -- eram criadas para produzir bens que seriam vendidos ilegalmente do lado de fora, e crianças frequentemente contrabandeavam matérias-primas básicas para dentro do Gueto. O contrabando era praticamente a única fonte de subsistência para os habitantes do Gueto: sem isso, teriam morrido de fome mais rapidamente ainda.

Área original do Gueto de Varsóvia

Local no qual se localizava o muro do Gueto de Varsóvia

Local no qual se localizava o muro do Gueto de Varsóvia

Apesar das dificuldades, a vida cultural e educacional no Gueto era ativa, ainda que camuflada. Hospitais, cozinhas públicas, orfanatos, centros para refugiados e facilidades recreativas foram criadas, bem como bibliotecas secretas e até mesmo uma pequena orquestra sinfônica.

Localização atual do Gueto de Varsóvia

Localização atual do Gueto de Varsóvia

Mais de 100.000 residentes do Gueto morreram devido às doenças e à fome, bem como devido aos assassinatos aleatórios realizados pelos nazistas -- fora aqueles que foram enviados do Gueto para os campos de extermínio, especialmente o de Treblinka. Entre 23 de julho e 21 de setembro de 1942 por volta de 240.000 habitantes do Gueto (ou por volta de 300.000 pessoas, dependendo das fontes) foram enviados para Treblinka e assassinados naquele local.

(Continua na próxima postagem.)

16 de junho de 2009

Varsóvia (II)

(Continuação da postagem anterior.)

Durante a Segunda Guerra Mundial a parte central da Polônia, inclusive a cidade de Varsóvia, estava sob o jugo do Governo Geral, uma administração colonial nazista. Toda a população judia -- várias centenas de milhares, por volta de 30% da poplação da cidade -- foi mandada para o Gueto de Varsóvia. Quando chegou a ordem de acabar com o Gueto -- como parte da "Solução Final" --, os moradores deram início ao que ficou conhecido como a Rebelião do Gueto de Varsóvia. Apesar de estar com números e munição inferiores, os moradores do Gueto resistiram por quase um mês. Quando as batalhas acabaram, quase todos os sobreviventes foram massacrados, com apenas alguns conseguindo escapar ou se esconder das tropas nazistas.

Em julho de 1944 o Exército Vermelho havia entrado a fundo no território polonês, perseguindo e empurrando os nazistas de volta para Berlim. Sabendo que Stalin não queria uma Polônia independente, o governo polonês no exílio em Londres ordenou ao Exército Nacional de Resistência que tomasse a cidade de Varsóvia dos alemães assim que possível, logo antes do Exército Vermelho chegar. Assim, em 1 de agosto de 1944, conforme o Exército Vermelho se aproximava da cidade, os moradores e o Exército Nacional deram início à Revolta de Varsóvia.

A revolta armada, planejada para durar 48 horas, durou 63 dias, e ao final o Exército Nacional foi obrigado a capitular para o Exército Alemão. Os soldados foram transferidos para os campos de prisioneiros de guerra soviéticos na Alemanha, enquanto toda a população civil de Varsóvia foi expulsa para outras áreas do Governo Geral. Hitler, totalmente irritado e ignorando os termos aceitos na capitulação do Exército Nacional Polonês, ordenou que toda a cidade fosse completamente destruída, tendo as coleções da Livraria Nacional e do Museu Nacional sido levadas para a Alemanha (ou então queimadas. Por volta de 85% da cidade foi destruída, incluindo o Centro Histórico antigo e o Castelo Real.

Em janeiro de 1945, tropas soviéticas entraram nas ruínas da cidade de Varsovia e liberaram os subúrbios da cidade da ocupação alemã. A cidade foi facilmente controlada pelo Exército Vermelho, que rapidamente avançou em direção a Łódź.

Após a guerra, projetos de casas pré-fabricadas foram feitos em Varsóvia para resolver o problema da falta de habitação. A cidade retomou seu papel como capital da Polônia e como o centro político e econômico do país. Muitos dos prédios, igrejas e ruas históricas foram restauradas de acordo com o original, e a partir de 1980 o Centro Histórico Antigo se tornou patrimônio mundial da ONU.

(Continua na próxima postagem.)

14 de junho de 2009

Varsóvia (I)

(Dados estatísticos retirados da Wikipédia.)

Varsóvia é a capital da Polônia, e também a maior cidade deste país. Tem uma população de aproximadamente 1.800.000 habitantes, sendo que na "Grande Varsóvia" a população beira os 2.800.000 habitanes. É a oitava maior cidade na União Europeia, e é conhecida como "a cidade fênix" porque foi completamente destruída durante a Segunda Guerra Mundial, e reconstruída com muito esforço logo após o conflito.

Os primeiros assentamentos na região começaram no século IX, com as vilas de Bródno e de Jazdów. Após Jazdów ter sido incendiada, um novo assentamento teve início na região chamada de "Warszowa". No começo do século XIV a vila se tornou uma das principais cidades do ducado de Masóvia, tornando-se a capital a partir de 1413. O ducado se incorporou à Coroa Polonesa em 1526. Em 1529 Varsóvia se tornou, pela primeira vez, a sede do Grande Sejm (Parlamento Polonês), e a partir de 1596 a cidade se tornou a capital da Comunidade Polonesa-Lituana.

Em 1795 Varsóvia foi anexada ao Reino da Prússia, tornando-se a capital da província da Prússia do Sul. Libertada por Napoleão em 1807, Varsóvia se tornou a capital do recém criado Ducado de Varsóvia. Após o Congresso de Viena de 1815, Varsóvia se tornou o centro da Polônia Congressista, uma monarquia constitucional sob o domínio do Império Russo.

Em 1830 houve uma revolta na Polônia devido às constantes violações russas à constituição polonesa. Entretanto, a guerra entre russos e poloneses em 1831 terminou com a vitória russa e com a diminuição extrema da pouca autonomia que o Reino já tinha. A cidade floresceu ao final do século XIX, e se tornou a capital da Polônia independente a partir de 1918.

(Continua na próxima postagem.)


Participação no site "Perspectiva Política"

Prezados visitantes,

Há duas semanas participo como colunista do site "Perspectiva Política".

Caso haja interesse, convido-os a visitarem o site -- especialmente aos sábados, quando publico minha coluna.

A última coluna, publicada hoje, tem como título "Sem participação não há democracia", e pode ser lida aqui.

7 de junho de 2009

Campo de Concentração de Sachsenhausen (VII)

(Continuação da postagem anterior.)

Com o avanço do Exército Vermelho, o campo foi preparado para ser evacuado em abril de 1945. A SS ordenou que os 33.000 prisioneiros de então marchassem na direção nordeste. Como a maioria dos prisioneiros estava fisicamente esgotada, milhares não sobreviveram à marcha, ficando pelo caminho. Além disso, os que eram considerados "fracos", ou seja, que poderiam atrasar a marcha, eram assassinados no caminho. Foram liberados apenas 3.000 prisioneiros que haviam ficado no campo.

Placa simbólica a respeito da marcha forçada, ocorrida próximo à liberação do campo

Com a ocupação de Berlim por parte das forças soviéticas, Sachsenhausen tornou-se um campo de concentração soviético usado para repressão tanto da população civil como dos antigos militares nazistas. Os arquivos registraram a entrada 140 mil prisioneiros durante o tempo de funcionamento do campo sob o comando da URSS e reconheceram a execução de 30 mil prisioneiros.

Indicação da distância até uma sepultura em massa dentro do campo

A torre central, com a hora em que o campo foi liberado

Monumento em homenagem aos que morreram no campo de concentração de Sachsenhausen

Monumento em homenagem aos que morreram no campo de concentração de Sachsenhausen

"E eu sei mais uma coisa -- que a Europa do futuro não poderá existir sem comemorar todos aqueles que, independentemente de sua nacionalidade, foram mortos naquele tempo [à época do nazismo] com total desprezo e ódio, que foram torturados até à morte, que morreram de fome, morreram em câmaras de gás, incinerados e enforcados..." Andrzej Szczypiorski, prisioneiro do campo de concentração de Sachsenhausen, 1995

(Fim da série sobre o campo de concentração de Sachsenhausen. Próxima série: Varsóvia)

3 de junho de 2009

Campo de Concentração de Sachsenhausen (VI)

(Continuação da postagem anterior.)

Aproximadamente 200.000 pessoas passaram por Sachsenhausen entre 1936 e 1945. Destas, por volta de 100.000 morreram de doenças, desnutrição ou de pneumonia devido ao frio congelante. Muitos outros foram executados ou morreram como resultado de experimentos médicos, a maioria destes sendo PoW's soviéticos.

"Aos prisioneiros era apenas permitido o uso dos banheiros e dos urinois de manhã e à tarde após a contagem dos prisioneiros, e apenas ocasionalmente durante o descanso do meio-dia. De todo jeito, só teriam alguns minutos. Os prisioneiros doentes, enfraquecidos ou idosos que morressem ou desmaiassem durante a correria [que era o uso do banheiro] eram deixados para trás pelos outros e permaneciam no chão coberto por excrementos. A qualquer hora, em qualquer lugar -- inclusive nos lavatórios -- os membros da SS levavam a cabo atos regulares de tormento. Os prisioneiros que eram incapazes de trabalhar tinham de ficar em pé, sem mover um músculo, por todo o dia neste espaço sem circulação de ar [o banheiro]. Alguns prisioneiros eram afogados pelos guardas da SS nos locais de banho."

"As vassouras e outros materiais de limpeza dos galpões ficavam nesta área, que também era usado como local para tortura. Os guardas da SS poderiam prender o prisioneiro aqui, exigindo que o mesmo não se movesse nem um centímetro ou tocasse as paredes. Ou então poderiam colocar tantos prisioneiros ao mesmo tempo para que os mesmos morressem sufocados [novamente falando dos banheiros]."

Tamanho de uma das celas citadas na foto anterior

Outro exemplo de cela. Colocavam-se até 15 prisioneiros neste espaço

O topo do "poço". O "poço" era um lugar no qual os prisioneiros eram deixados como punição por tentativas de fuga ou incitação à revolta. As punições no "poço" poderiam ser de dois tipos: 1) Deixar o prisioneiro sem comida por dois ou três dias em um lugar úmido, escuro e sem ventilação; 2) Colocar o prisioneiro no local e, após um dia sem comida, começar lentamente a enchê-lo de água, até o prisioneiro se afogar

Acima uma maquete do "poço"

Local de enforcamento ou de se pendurar os presos pelos pulsos, com os braços esticados por trás

Pilares usados para enforcamento

Ilustração de enforcamento

"Cama" para as chibatadas, como em Dachau

A "enfermaria" -- prédio para o qual os doentes eram trazidos, ou ainda o local no qual se realizavam as experiências médicas em Sachsenhausen. Neste campo de concentração os médicos nazistas estavam preocupados especialmente com a cicatrização e com o fígado humano

Local de extração de fígado humano, principal experiência médica. Os médicos retiravam o fígado do prisioneiro (geralmente sem anestesia, "para não atrapalhar os resultados do experimento") e o costuravam, para ver quais as consequências para o corpo humano da ausência de tal órgão

Subterrâneo da enfermaria, local no qual os corpos eram jogados após as experiências médicas

(Continua na próxima postagem.)