28 de janeiro de 2010

Mudança de blog

Prezados leitores

Imagino que nem todos saibam, mas este blog mudou.

Agora escrevo em novo endereço: http://profmatheus.com.

Peço para que atualizem seus "Favoritos" e passem a visitar o novo endereço.

Um abraço a todos e até a próxima!

Prof. Matheus Passos

5 de setembro de 2009

Considerações finais (III)

4 de setembro de 2009

Considerações finais (II)

O 1o de setembro de 1939

Há 70 anos as bombas alemãs caíram na pequena cidade polonesa Wieluń, matando pelo menos 1.200 poloneses, as primeiras vítimas inocentes da Segunda Guerra Mundial. Esse ataque alemão, o início de uma guerra criminosa e de uma catástrofe européia, foi lembrado nesta semana pelo Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, e pelo seu homólogo polonês, Radosław Sikorski, em um artigo escrito a quatro mãos para os jornais Süddeutsche Zeitung e Gazeta Wyborcza.


„A guerra e os anos negros do nazismo vivido pela Alemanha são contabilizados como os maiores sacrifícios e a maior destruição da Europa. E é por isso que a data não pode ser deixada de lado. Qualquer um que olhe para trás, em direção a 1° de setembro de 1939, não deixa de alarmar-se, e também de surpreender-se com a paz que construímos nos mais de 60 anos após o fim do conflito em nosso continente“, escreveram.

Alemanha e Polônia, sem prever, iniciaram naquele setembro uma tarefa histórica de particular importância. Ligadas por uma terrível memória, ambas as nações tiveram que encontrar um novo caminho, um caminho rumo à reconciliação e a um futuro comum. Hoje Polônia e Alemanha são parceiras - tanto na União Europeia quanto na Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN - nações que possuem interesses e objetivos comuns. „Isso só foi possível porque a Alemanha assumiu sua responsabilidade histórica e a Polônia, apesar das terríveis experiências de guerra, se abriu para um futuro comum“, afirmaram. A disposição polonesa à reconciliação era uma resposta generosa ao fato de que a Alemanha aceitou a sua culpa e responsabilidade.

No mesmo dia, a Chanceler da Alemanha, Angela Merkel, participou de uma comemoração no Memorial de Westerplatte, local em que ocorreram os primeiros ataques. „Nenhum país sofreu durante tanto tempo sob a ocupação alemã como a Polônia. Não há palavras que possam descrever o sofrimento dessa guerra e do Holocausto, e é por isso que inclino-me perante as vítimas“, disse. Merkel também falou sobre a superação de problemas entre a Alemanha e a Polônia. "Eu vejo o dia de hoje como um sinal de nossa confiança, de nossa estreita parceria e de nossa amizade verdadeira“, concluiu.

(Original aqui.)

1 de setembro de 2009

Considerações finais (I)

1939: Alemanha invade a Polônia

A invasão da Polônia pelas tropas de Hitler marcou o começo da Segunda Guerra Mundial, na madrugada de 1º de setembro de 1939.

A Alemanha, derrotada na Primeira Guerra Mundial, havia perdido seus territórios ultramarinos, a Alsácia Lorena e parte da Prússia. As altas indenizações impostas pelos Aliados causaram o colapso da moeda e desemprego em massa, fatores que, explorados pelos nazistas, contribuíram para o fortalecimento de Hitler no poder (assumido em 1933).

As relações entre a Alemanha e a Polônia já eram tensas desde a República de Weimar. Nenhum governo do Reich nem partido alemão concordava com a nova delimitação da fronteira leste do país (com um corredor polonês, neutro, separando o país da Prússia Oriental), imposta no Tratado de Versalhes.

Ambicionando as matérias-primas da Romênia, do Cáucaso, da Sibéria e da Ucrânia, Hitler começou a expansão para o Leste. Embora as potências ocidentais temessem o perigo nazista, permitiram seu crescimento como forma de bloqueio ao avanço comunista soviético.

Conquistas passo a passo

Em 1935, a Alemanha havia reiniciado a produção de armamentos e restabelecido o serviço militar obrigatório, contrariando o Tratado de Versalhes. Ao mesmo tempo, aproximou-se da Itália fascista de Benito Mussolini; de Francisco Franco, na Espanha; do Japão; e anexou a Áustria (Anschluss), em 1938, por tratar-se de um povo de língua alemã.

No ano seguinte, com a conivência da França e da Inglaterra, incorporou a região dos Sudetos, que abrigava minorias alemãs, na Tchecoslováquia. Por fim, aproveitou o ceticismo ocidental em relação à União Soviética e assinou com Josef Stalin um acordo de não-agressão e neutralidade de cinco anos.

Estava aberto o caminho para atacar a Polônia, exigindo a devolução da zona conhecida por "corredor polonês" e do porto de Danzig (neutra, a atual Gdansk).

Diante da negativa da Polônia em ceder Danzig, as tropas alemãs invadiram o país em 1º de setembro de 1939 e travaram uma guerra-relâmpago (blitzkrieg) com a frágil resistência local. Dois dias depois, a Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha, fazendo eclodir a Segunda Guerra Mundial.

(Original aqui.)

(Continua na próxima postagem.)

30 de agosto de 2009

Auschwitz-Birkenau (XII)

(Continuação da postagem anterior.)

O período de maior atividade do campo de Auschwitz-Birkenau foi entre abril e junho de 1944, quando o campo se tornou o centro do massacre dos judeus húngaros. A Hungria era uma aliada da Alemanha durante a guerra, mas resistiu e não enviou seus judeus para a Alemanha até que os nazistas enviaram tropas para ocupar a Hungria em março de 1944. Em 56 dias, estima-se que 436.000 judeus húngaros foram deportados para Auschwitz e mortos.

O resultado do campo de extermínio de Auschwitz I e Auschwitz II (Birkenau). A foto fala por si

O resultado do campo de extermínio de Auschwitz I e Auschwitz II (Birkenau). A foto fala por si

O resultado do campo de extermínio de Auschwitz I e Auschwitz II (Birkenau). A foto fala por si

"Nosso objetivo é uma 'limpeza completa' dos judeus dos países da Europa oriental."

Em um dos muitos testes até se chegar ao gás "perfeito" -- Zyklon B --, os nazistas tentaram de tudo -- inclusive matar os prisioneiros com o gás carbônico emitido por um caminhão a diesel. Desistiram da ideia por ser demorado e caro

Fuzilamento sumário de crianças

Assassinados pela fome e pelo trabalho forçado

O resultado do campo de extermínio de Auschwitz I e Auschwitz II (Birkenau). A foto fala por si

Sobreviventes do campo de extermínio de Birkenau

O resultado do campo de extermínio de Auschwitz I e Auschwitz II (Birkenau). A foto fala por si

Seis milhões de judeus mortos -- este foi um dos resultados finais do nazismo

Tomara que o raio de luz que se põe atrás de um lugar cujas lembranças são tão negativas possa fazer com que jamais tais atrocidades sejam cometidas novamente em nosso planeta

(Fim da série sobre Auschwitz-Birkenau. Próxima série: considerações finais sobre o nazismo e sobre o Holocausto.)

28 de agosto de 2009

Auschwitz-Birkenau (XI)

(Continuação da postagem anterior.)

Um dos crematórios de Birkenau. Ao perceberem a aproximação dos soviéticos, os nazistas explodiram todos os crematórios, tentando encobrir os crimes cometidos no campo de extermínio

Outro crematório explodido pelos nazistas quando da aproximação dos soviéticos, em janeiro de 1945

Mais ruínas de um crematório

Ruínas tentando encobrir o que não pode ser encoberto

Exemplo de carrinho de mão por meio do qual os "funcionários" de Birkenau carregavam os corpos -- cremados ou não

Entrada de Birkenau ao fundo com as chaminés dos galpões em primeiro plano

Linha férrea dentro de Birkenau mostrando claramente, à esquerda, o local em que os "aptos" eram separados dos "inaptos" (cerca de 75% dos recém-chegados ao campo, que continuavam na linha férrea até o seu fim -- a câmara de gás e o crematório)

Linha férrea dentro de Birkenau, com a entrada do campo ao fundo

... Ainda mais distante do portão de entrada...

... Quase chegando ao lado dos dois principais crematórios do campo

Fim da linha. Aqueles que chegavam até aqui eram diretamente enviados para as câmaras de gás e, posteriormente, para os crematórios (um de cada lado)

Memorial dentro do campo de Birkenau em homenagem às vítimas do nazismo

Memorial dentro do campo de Birkenau em homenagem às vítimas do nazismo

Memorial dentro do campo de Birkenau em homenagem às vítimas do nazismo

Os que eram considerados aptos para o trabalho eram usados como escravos em todas as indústrias que forneciam os produtos para os campos, tais como IG Farben e Krupp. No complexo de Auschwitz, 405.000 prisioneiros foram registrados como escravos entre 1940 e 1945; destes, certa de 340.000 morreram devido a execuções, surras, fome e doenças.

(Continua na próxima postagem.)

26 de agosto de 2009

Auschwitz-Birkenau (X)

(Continuação da postagem anterior.)

A foto acima mostra a superpopulação de um dos galpões, bem como a situação dos mesmos após a liberação do campo

Uma vez selada a entrada, descarregava-se o agente tóxico Zyklon B pelas aberturas no teto. As câmaras de gás nos crematórios IV e V tinham instalações na superfície e o Zyklon B se introduzia por janelas especiais nas paredes. Os corpos eram levados por prisioneiros selecionados para trabalhar na operação das câmaras de gás e fornos crematórios a uma sala de fornos anexa, para cremação. Antes, porém, estes mesmos "funcionários" eram obrigados a remover todo o ouro que as vítimas pudessem ter em seus dentes. Mais de 20.000 pessoas podiam ser asfixiadas e cremadas por dia.. Mesmo assim, se a capacidade dos fornos não fosse suficiente, os corpos eram queimados em fogueiras ao ar livre.

A placa acima fala sobre a localização do crematório II

Foto do crematório II

A placa acima se refere a três fotos (abaixo) que foram tiradas em Auschwitz-Birkenau e que foram clandestinamente enviadas para fora do campo

A foto acima mostra os trabalhadores do campo de extermínio queimando corpos ao ar livre devido à superlotação dos crematórios

Outra foto que mostra os trabalhadores do campo de extermínio queimando corpos ao ar livre devido à superlotação dos crematórios

A foto acima mostra o desespero de mulheres que, ao verem os horrores do campo, tentavam a todo custo fugir -- sem êxito

A placa acima descreve brevemente o crematório V

A foto acima é do crematório V

Foto do crematório II

A placa acima fala do fato de que os judeus tinham de esperar sua vez para serem queimados

Foto de judeus aguardando sua vez de serem enviados para as câmaras de gás e, posteriormente, para o crematório

Foto de judeus aguardando sua vez de serem enviados para as câmaras de gás e, posteriormente, para o crematório

Foto de judeus recém-chegados ao campo, aguardando sua vez de serem enviados para as câmaras de gás e, posteriormente, para o crematório

Foto de judeus aguardando sua vez de serem enviados para as câmaras de gás e, posteriormente, para o crematório

(Continua na próxima postagem.)

24 de agosto de 2009

Auschwitz-Birkenau (IX)

(Continuação da postagem anterior.)

Cercas eletrificadas em todo o perímetro do campo

Além das cercas, torres vigiavam o campo. Notem as chaminés ao fundo: cada uma dela correspondia a um galpão (ver abaixo)

Inúmeros galpões existiam dentro do perímetro do campo, permitindo a existência de um máximo de 100.000 prisioneiros ao mesmo tempo no campo

Cercas eletrificadas em todo o perímetro do campo

Cercas eletrificadas em todo o perímetro do campo

A área demarcada no chão correspondia a um galpão anteriormente existente no local

Exemplos de galpões existentes à época de funcionamento do campo

Exemplo de galpões existentes à época de funcionamento do campo

Interior de um dos galpões. Este era o "galpão-banheiro". Em primeiro plano, vê-se à direita uma área demarcada no chão: era o local no qual era dado banho nos prisioneiros (ficavam em pé e jogava-se água fria com uma mangueira, independentemente da época do ano). Ao fundo vê-se as latrinas (ver abaixo)

As latrinas ficavam dentro dos galpões. Os prisioneiros tinham horário específico no dia para usá-las, e em média eles tinham o direito de ficar de 10 a 15 minutos no máximo. Caso o prisioneiro fizesse suas necessidades em outro horário e/ou em outro local, seria punido. Não havia a mínima privacidade: além do contato direto com outros prisioneiros, os guardas ficavam apressando os prisioneiros enquanto estes utilizavam a latrina

Exemplo de "galpão-dormitório". Originalmente eram estábulos construídos com o objetivo de acomodar 52 cavalos. Com o inchaço do campo, tais galpões passaram a ser utilizados como dormitório pelos prisioneiros. Chegou-se a colocar 600 prisioneiros ao mesmo tempo em um único galpão

Aqueles que eram selecionados para exterminação eram enviados a um dos grandes complexos de câmara de gás/crematório nos extremos do campo. Dois dos crematórios tinham instalações subterrâneas, uma sala para despir e uma câmara de gás com capacidade para milhares de pessoas. Para evitar o pânico, informava-se às vítimas que receberiam ali uma ducha e um tratamento desinfetante. A câmara de gás tinha inclusive tubulações para duchas, embora nunca tenham sido conectadas à rede de água. Ordenava-se às vítimas que se despissem e deixassem seus pertences no vestiário, onde supostamente poderiam recuperá-las ao final do "tratamento", recomendando-se que recordassem o número da localização de seus pertences. Avisava-se às vítimas que seus pertences seriam enviados para o "Canadá" -- termo então usado na Polônia para identificar algo valioso.

(Continua na próxima postagem.)