Há várias formas de se fazer comparações e paralelos entre o século XIX e o período atual. Podemos fazer comparações econômicas, políticas, ideológicas, dentre outras.
No aspecto econômico, creio que a maior comparação possível é entre a alta finança e o atual sistema financeiro internacional. Se, no século XIX, tínhamos banqueiros que financiavam o desenvolvimento econômico por meio de obras por todo o mundo, atualmente temos um sistema de instituições que fazem -- ou ao menos tentam fazer -- a mesma coisa. Há várias diferenças, entretanto: uma delas é que, se antes os financiadores do séc. XIX eram famílias ricas e poderosas, atualmente são instituições impessoais que têm este papel. Além disso, o objetivo do auxílio econômico atual é diferente do anterior: antes, o dinheiro era utilizado para obras desenvolvimentistas, ou seja, obras que garantiriam a infra-estrutura necessária para a manutenção e expansão do comércio, como ferrovias, por exemplo. Atualmente, o dinheiro é utilizado para obras de cunho mais social, e a infra-estrutura é atualmente construída pelo estado com objetivo de obter certo bem-estar da população.
No campo político, temos a questão do equilíbrio de poder. No século XIX, este equilíbrio era muito visível, apesar de ser imposto, de ser forçado; tanto que se consagrou a expressão “paz armada” para o período: os países mantinham-se “amigáveis” uns aos outros mas ao mesmo tempo se preparavam para eventuais conflitos armados. Além disso, mesmo havendo uma potência hegemônica à época -- a Inglaterra --, havia outras grandes potências no cenário internacional, as quais tinham de ser tratadas “de igual para igual” em relação aos outros países.
A situação atual possui semelhanças, mas principalmente diferenças. Até há quase vinte anos atrás, havia o sistema de equilíbrio de poder entre EUA e URSS -- mas, diferentemente do equilíbrio do século XIX, que era multipolar, o equilíbrio do século XX foi bipolar, com duas superpotências mundiais disputando áreas de influência. Mesmo após a queda do comunismo, contudo, ainda existe o sistema de equilíbrio de poder, mas de uma forma diferente: as potências grandes e médias estão se unindo para fazer frente à única superpotência atual -- os Estados Unidos. É o que ocorre, por exemplo, com a União Européia -- união de potências grandes -- e, em escala bem menor, com o Mercosul -- união de potências médias e pequenas. Não podemos esquecer, entretanto, da possibilidade real de surgimento de novas potências que possam fazer frente aos Estados Unidos, pelo menos em alguns campos -- como é o caso da China e, ainda hoje, da Rússia.
No aspecto econômico, creio que a maior comparação possível é entre a alta finança e o atual sistema financeiro internacional. Se, no século XIX, tínhamos banqueiros que financiavam o desenvolvimento econômico por meio de obras por todo o mundo, atualmente temos um sistema de instituições que fazem -- ou ao menos tentam fazer -- a mesma coisa. Há várias diferenças, entretanto: uma delas é que, se antes os financiadores do séc. XIX eram famílias ricas e poderosas, atualmente são instituições impessoais que têm este papel. Além disso, o objetivo do auxílio econômico atual é diferente do anterior: antes, o dinheiro era utilizado para obras desenvolvimentistas, ou seja, obras que garantiriam a infra-estrutura necessária para a manutenção e expansão do comércio, como ferrovias, por exemplo. Atualmente, o dinheiro é utilizado para obras de cunho mais social, e a infra-estrutura é atualmente construída pelo estado com objetivo de obter certo bem-estar da população.
No campo político, temos a questão do equilíbrio de poder. No século XIX, este equilíbrio era muito visível, apesar de ser imposto, de ser forçado; tanto que se consagrou a expressão “paz armada” para o período: os países mantinham-se “amigáveis” uns aos outros mas ao mesmo tempo se preparavam para eventuais conflitos armados. Além disso, mesmo havendo uma potência hegemônica à época -- a Inglaterra --, havia outras grandes potências no cenário internacional, as quais tinham de ser tratadas “de igual para igual” em relação aos outros países.
A situação atual possui semelhanças, mas principalmente diferenças. Até há quase vinte anos atrás, havia o sistema de equilíbrio de poder entre EUA e URSS -- mas, diferentemente do equilíbrio do século XIX, que era multipolar, o equilíbrio do século XX foi bipolar, com duas superpotências mundiais disputando áreas de influência. Mesmo após a queda do comunismo, contudo, ainda existe o sistema de equilíbrio de poder, mas de uma forma diferente: as potências grandes e médias estão se unindo para fazer frente à única superpotência atual -- os Estados Unidos. É o que ocorre, por exemplo, com a União Européia -- união de potências grandes -- e, em escala bem menor, com o Mercosul -- união de potências médias e pequenas. Não podemos esquecer, entretanto, da possibilidade real de surgimento de novas potências que possam fazer frente aos Estados Unidos, pelo menos em alguns campos -- como é o caso da China e, ainda hoje, da Rússia.
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